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«Que sejam felizes!» é a resposta que, provavelmente, muitos pais e mães dariam se fossem questionados sobre o que desejam para o futuro dos seus filhos. Mas “ser feliz” é uma ideia tão vazia quanto cheia a expressão deseja ser e, para a felicidade, não se conhece nenhuma unidade de medida, não é mensurável em litros ou em centímetros. Quanto ao futuro, esse, será sempre distante. Portanto, muitos consideram que ele deve ser antecipado de forma segura, para que no momento em que passe a ser “presente”, com outro futuro no horizonte, se aproxime o mais possível da ideia (ante)visionada.
Adília Peixoto, Emília Cruz, Sandra Ferreira, Rui Sampaio e José Carlos Nogueira são um conjunto de pessoas que partilham alguns aspetos curiosos em comum. O primeiro é o facto de serem pais. O segundo consiste no facto de terem sido todos alunos de uma ex-Forave, a primeira Forave, criadora, em 1990, do curso de Gestão, que marcou o início do Ensino Profissional em Vila Nova de Famalicão.
O último aspeto diz respeito a uma vontade comum: todos quiseram antecipar o futuro dos filhos e, como quem conhece bem o terreno que os pés pisam, indicaram-lhes o caminho, orientando-os para a Forave de hoje, palpitante e nova, tecnologicamente atualizada, modeladora de profissionais preparados para a carreira e competentes e de pessoas conscientes da sua responsabilidade, comprometidas com uma cidadania ativa.
Este grupo de pais aceitou, pronta e cordialmente, colaborar na realização deste artigo, definindo e traçando o perfil dos alunos da FORAVE, com base na experiência real dos seus filhos e na sua própria experiência de ex-alunos.
Segundo eles, os alunos da FORAVE são empreendedores, desembaraçados, bem preparados, capazes de enfrentar desafios e de criar soluções para os problemas profissionais e da vida.
Joana, João, Rui, Manuel e João N. deixaram-se influenciar pelos respetivos pais e não estão arrependidos. São a SEGUNDA GERAÇÃO FORAVE e garantem que a “sua” Forave não se compara com a dos seus progenitores, apesar de encontrarem ainda a mesma proximidade e cumplicidade entre professores e alunos, que é comum às recordações dos pais. O que eles não encontram na escola de hoje é um espaço pequeno e pouco apetrechado. A Forave cresceu em maturidade, em experiência, em pessoal docente audacioso, em ambição, em dinamismo, em espaços físicos bem equipados, numa ligação estreitíssima com o tecido empresarial da região, mas não abandonou o espírito de partilha, de união e de entreajuda.
Esta escola de hoje acredita na “FAMÍLIA FORAVE”, da qual ainda tanto falam os seus primeiros alunos. Os seus membros relacionam-se diariamente num ambiente saudável e próximo, mas a Forave também sabe muito bem que, sem a ligação à família original dos nossos alunos, o caminho faz-se mais lentamente e é menos produtivo.
Curioso é que, sempre que algum aluno da FORAVE fala sobre a memória que tem da escola, a palavra FAMÍLIA é a que mais vezes é proferida.
Emília Cruz é mãe de João Oliveira e diz que “todos os que cá estão e todos os que por cá passaram nunca esquecem esta família tão grande”. João, que está a um ano de poder vir a realizar um curso de nível V na Dinamarca, na área de Eletrónica, Automação e Comando, confessa que, provavelmente, no futuro, irá “sem dúvida, sentir muitas saudades de ter cá andado”. A mãe não duvida do futuro sucesso do filho, porque sabe “que ele sairá da escola muito bem preparado para o mercado de trabalho. A Forave preocupa-se não só em formar bons profissionais, como também se esforça para que possam ter um futuro brilhante.”
Rui Sampaio, como todos os pais, sente o filho como um ser único e diferente de todos os outros, talvez porque, tal como nos conta na primeira pessoa, “durante o tempo em que estive nesta escola, senti um ensino genuíno e não uma imitação. 25 anos depois, o ADN ainda está lá” e foi isso que o motivou a escolher a FORAVE como a escola do Manuel e é singular perceber como esse valor continua ainda hoje a ser uma linha de força da instituição, porque o Manuel fala da forma como o pai sempre o incentivou a defender a sua individualidade e a afastar-se das imitações – “O meu pai sempre estimulou a minha identidade.”
Segundo o pai, ”a FORAVE não é mais uma escola a criar peixinhos vermelhos, cuja única diferença só é visível a microscópio. Na minha opinião, os peixinhos que saem da FORAVE, saem espicaçados e de outra cor. Saem com o carimbo das empresas, da direção da escola, dos funcionários e professores. Ao longe, estes carimbos parecem pintas.” Manuel atribui este resultado à forma como as aulas são trabalhadas: “As aulas apresentam situações reais simuladas. O meu pai já me tinha dito. Agora confirmo – aqui aprende-se e aplica-se. Os estágios logo no primeiro ano, as simulações de entrevistas de emprego, por exemplo, preparam-nos para o futuro. “
Adília Peixoto é mãe de uma recém-diplomada e recém-chegada de um estágio em Itália, que hoje tem a certeza de que “a Joana cresceu muito. Sai da FORAVE com uma visão diferente do mundo exterior; basta ver o “desenrasque” diário e a vontade de experimentar e fazer tudo. Foi-lhe dada a oportunidade de participar em várias atividades, desde viagens, reuniões, apresentações, concursos…, o que a obrigou a mexer-se mais, a pesquisar, a crescer…Não tenho dúvidas de que os três anos na Forave lhe abriram muitas portas para o futuro. Leva no curriculum experiências fabulosas e um know-how que não conseguiria noutra escola.” Está certa de que “no futuro, a Forave irá acompanhar o seu percurso e, se necessário, orientar o seu caminho.”
A Joana não contraria a mãe, mas acha que a Forave “da mãe” não proporcionou oportunidades como aquelas a que ela teve acesso. “Temos uma escola mais dinâmica e com uma ligação às famílias e às empresas muito mais rica”, diz. Hoje, depois de a Forave a ter habituado a ser posta à prova tantas vezes, sente-se “capaz de enfrentar qualquer desafio sem medo.”
José Carlos Nogueira concorda com a ideia da Joana e diz que a grande energia da escola é “a ligação ao tecido empresarial da região, o que facilita a integração dos futuros profissionais no mundo de trabalho. O empenho dos docentes e da direção serve como elemento catalisador dessa integração e constitui uma linha de força que o tempo não apagou. “ O seu filho, João, que se encontra prestes a terminar o estágio e o curso, confirma tudo isso e demonstra-o: “Fui recentemente contactado por uma empresa em crescimento que pretende preencher uma vaga com um aluno que tenha feito o curso na Forave e já fui a uma entrevista. Isso é o que a Forave não irá perder no futuro - é o valor dos alunos, no qual as empresas confiam.“
Sandra Ferreira acredita no velho ditado: “não dar o peixe, mas ensinar a pescar” e, por isso, escolheu a Forave ciente de que estaria a proporcionar- lhe um futuro com segurança. Rui seguiu os conselhos da mãe e salienta a proximidade entre alunos e professores e o companheirismo entre os colegas.
Não é certo que os alunos da Forave venham a ser felizes, tal como os seus pais tanto anseiam, mas é certo que eles possuirão como principal competência a capacidade de transferir o conhecimento adquirido para situações reais, interagindo com o meio, em pleno espírito de equipa, com o objetivo de acrescentar valor e de contribuir ativamente para uma sociedade mais moderna, competitiva, inclusiva e justa.